Gestão das redes sociais e o sucesso dos negócios**

Atualmente dizer que as redes sociais corporativas têm o poder de modificar positivamente a atuação das organizações já não representa grande novidade.

Engajadas em utilizar as novas tecnologias para aumentar a produtividade e de quebra dar uma guinada em seu crescimento, as empresas há tempos vem se transformando para entender, gerenciar e usar de forma mais efetiva as mídias disponíveis.

Mas para que essa imersão digital renda frutos maiores e não somente vantagens competitivas, é importante que os gestores se dediquem a promover a interação com seus públicos, uma vez que o consumidor, como principal influenciador da gestão empresarial tem o poder de determinar o sucesso ou o fracasso na venda de produtos e serviços de acordo com o valor e relevância e propósitos transmitidos pela marca.

Uma forma de estimular essa interação, segundo Vitor Peçanha, cofundador da Rock Content, empresa especializada em marketing de conteúdo, seria aumentar a importância das páginas corporativas nas mídias.

“Nas redes sociais, as empresas estão tomando duas frentes para se tornarem mais relevantes. A primeira é sempre acompanhar e participar das interações ali presentes principalmente quando o assunto for a própria empresa ou algo relativo ao mercado no qual ela atua. A segunda é tornar-se fonte confiável de conteúdos interessantes, muitas vezes próprios através de curadoria, para criar uma aproximação com o público”, explicou.

Peçanha afirma ainda, que é imprescindível a empresa possuir uma personalidade digital que estimule o público a interagir em situações negativas, em que o diálogo ainda se mostra mais eficaz do que a tentativa de silenciar.

“O principal erro das organizações nas redes sociais é acreditar que elas podem controlar o que é dito ou publicado. Geralmente, tentativas de impedir que alguém se manifeste geram o efeito contrário.

As empresas devem tomar cuidado para não parecerem manipuladoras, ou seja, devem monitorar e participar das conversas, mas sem tentar censurá-las.

Outro cuidado essencial é sempre avaliar de maneira minuciosa quaisquer interpretações erradas que suas mensagens possam gerar, pois todo conteúdo está somente a um clique de ser compartilhado fora de contexto, prejudicando a imagem corporativa” alertou.

Gerenciamento de crise

Cenários de crise são considerados, por especialistas, como um bom termômetro para medir a efetividade da atuação de uma organização em suas redes sociais. Isso porque as ações precisam ser rápidas, coerentes e consistentes, além de transmitirem verdade e transparência, sob o risco de a empresa ter a sua reputação seriamente comprometida.

Perfil Profissional

Para lidar com o cuidado e atenção que uma situação de crise exige, é importante ter uma equipe preparada e com autonomia para tomar decisões operacionais nas redes sociais.

Além de um gestor de crise – que deve estar sempre alerta caso algum problema de imagem surja – precisam compor a equipe um analista de mídias e redes sociais, um especialista em conteúdo, e caso a situação exija, funcionários da empresa com conhecimentos especializados.

Segundo Cassio Politi, fundador da Tracto e especialista em marketing de conteúdo, independentemente de situações de crise, destacam-se nesse mercado profissionais que lidam bem com dados e que possuem habilidades multimídia

“As atividades estão cada vez mais baseadas em números e em canais diversificados” constata.

O cenário atual também exige profundo trabalho de moderação, porque o nível de cobrança e de demanda do público mudou, exigindo uma equipe profissional madura, que saiba atuar como porta voz de uma marca em um ambiente que tem se tornado cada vez mais crítico.

Como disse Cassio Politi, em uma citação do americano Jay Baer, “O conteúdo é o fogo, e as redes sociais são a gasolina”.

Portanto, como importantes canais de distribuição de conteúdo, elas devem ser usadas para fortalecer uma marca e a melhor forma de fazer isso, é sem dúvida, gerando conversas positivas sobre a empresa na rede.

 

**Artigo escrito por Milena Brito, retirado da revista Administrador Profissional. Edição Fevereiro 2018.

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