Franquias em alta em 2018!

Criada há 30 anos, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) tem como missão garantir e disseminar as melhores práticas de indústria de franquias no Brasil.

Em seu último levantamento, a ABF mostrou que o setor de franquias no país – dados de janeiro a setembro de 2017 – teve uma receita de 8% maior do que no mesmo período de 2016. O faturamento subiu de R$ 107, 725 bilhões para R$ 116,305 bilhões.

O setor também tem representatividade para a economia nacional quando o assunto são empregos:

Responde atualmente por mais de 1,2 milhão de postos de trabalho diretos. Para falar sobre os desafios do segmento, desempenho e as principais dicas para quem quer ter uma franquia, o Jornal de Negócios, conversou com o presidente da ABF, Altino Cristofoletti JR**, que está à frente da ABF desde o começo de 2017 e vai comandar a entidade até o final de 2018.

 

Ter uma franquia ainda é um bom negócio mesmo no cenário de crise econômica que o país enfrenta?

Sim, principalmente agora. Nos últimos três anos, os franqueadores passaram por um ambiente desafiador e se prepararam para enfrentar o momento. Eles estão mais fortalecidos e investiram em capacitação.

Preocupam-se em aumentar as ações de marketing da marca e conseguiram minimizar os riscos para os possíveis franqueados. Este ano é propício para quem quer abrir uma franquia.

 

Quais as principais dicas para quem quer se tornar um franqueado?

Em primeiro lugar, a pessoa precisa buscar um negócio de que goste e tenha afinidade. Ela não deve escolher apenas porque determinado setor está na moda. Envolver a família também é fundamental.

Um negócio só vai dar certo se o empreendedor tiver o apoio dos familiares.

O terceiro ponto é se aprofundar e conhecer de perto o sistema de franquias.

Conversar com franqueados da marca e realizar um plano de negócios junto com o franqueador, que é de vital importância.

 

E os principais cuidados?

Não assumir nenhum negócio por impulso. O empreendedor precisa ser racional. Ele precisa saber que, por trás daquela marca, existe um franqueador que vai impor exigências e padrões que precisam ser seguidos. É um trabalho de parceria.

Existe um movimento de interiorização do franchising para cidades menores, além das capitais?

Sim. Este movimento tem ocorrido bastante. Hoje, muitas franquias são instaladas em cidades pequenas e com população menor.

Nesses municípios o franqueado terá menos concorrência, mas também menos mercado.

Por isso é fundamental realizar um planejamento prévio e estudar as possibilidades da região com o franqueador.

 

Qual a previsão de crescimento para o mercado de franquias em 2018?

Devemos voltar para os dois dígitos e crescer em torno de 10% apesar de ser um ano eleitoral e de Copa do Mundo. Nossa perspectiva é que o primeiro semestre de 2018 tenha o bom desempenho do segundo semestre de 2017. Acreditamos numa melhora da economia e no aumento do consumo.

 

Quais são os setores mais promissores para 2018?

Sempre existe um círculo virtuoso, mas os setores de alimentação, saúde, beleza e educação sempre estão em alta.

E também existem opções de todos os tamanhos e valores de investimento.

As franquias chamadas de “home base” – que não precisam ter um local fixo – como as de limpeza e cuidadores de idosos e pets também terão crescimento.

 

**Entrevista retirada do Jornal de Negócios do Sebrae – SP, com o presidente da ABF, Altino Cristofoletti   Jr.**

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