Para empreendedores e especialistas do setor, o franchising suportou a crise e se prepara para um ano melhor

Recuperação na economia: franquias otimistas para 2017

Em 2014 a economia do país cresceu apenas 0,1% devido ao clima de incerteza que o Brasil estava vivendo. Em 2015 a crise chegou e houve queda de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo o pior resultado econômico do país desde os anos 90.

As franquias brasileiras, apensar de o cenário econômico não estar favorável, obtiveram números expressivos em 2014 e 2015, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF) o faturamento do setor subiu 7,7% e 8,3% respectivamente.

O presidente da ABF afirma que o Franchising brasileiro foi afetado pela crise, pois o setor chegou a crescer 20% em 2010.  “Não mantemos o crescimento em dois dígitos, mas nossos resultados nos últimos anos, dadas as circunstâncias, devem ser comemorados”, afirma

De acordo com Beto Filho, a expectativa é que o setor cresça 8% em 2016. As metas para 2017 são que o setor se prepara para superar os resultados do ano anterior.

O bom momento do franchising, segundo o presidente da ABF, se dá devido ao bom desemprenho do setor no anos de crise. “As franquias têm marcas consolidadas, conhecidas pelos clientes. Têm processos mais estabelecidos, uma disciplina financeira maior. Tudo isso contribuiu para o desempenho do setor nesse período”, diz.

Outro fator que vale ressaltar é a criatividade das franqueadoras brasileiras. “As empresas criaram formatos diferentes, mais baratos e mais compactos: surgiram quiosques e unidades móveis, com preços adaptados à realidade dos empreendedores brasileiros.”

Jaqueline Garcia, analista do Sebrae – RJ, compartilha da mesma opinião. “O brasileiro, num geral, gosta mais de realizar do que de planejar. Mas a franquia faz o contrário disso. As redes planejam, pensam no longo prazo e com mais cautela. Elas têm mais musculatura e são mais preparadas para encarar cenários adversos”, diz.

Ela também afirma que o nível de exigência dos empreendedores do setor aumentou nos últimos anos. “O potencial franqueado de hoje entende mais o negócio e está muito mais preparado que o empreendedor de 10 anos atrás. Há muito mais informação disponível para ajudar os interessados em uma unidade. Isso faz com que as redes também precisem aumentar seus padrões de qualidade.”

Segundo o presidente da ABF, os empreendedores estão mais confiantes devido ao momento de política que o país vive pós impeachment. “Quando ficou definido quem era o presidente do país, os investidores começaram a injetar dinheiro do país e o clima já é de mais otimismo”, diz.

Com base no número de visitantes da Feira de Franquias Expo Franchising ABF Expo Rio, o presidente da ABF afirma que é outro sinal de que o setor está reaquecendo. “O número de pessoas que se cadastraram para vir ao evento cresceu 72% entre 2015 e 2016. Acredito que não conseguiríamos esse resultado se a feira fosse realizada na época do impeachment.”

Beto Filho fala sobre as franquias que surgem como tendência para os próximos anos. “No ano que vem, não vai dar para poder ir para os Estados Unidos gastar em dólar. Vamos ter que ficar por aqui. As franquias de entretenimento e diversão vão faturar porque, grosso modo, ninguém vai sair do país. As redes de beleza também, porque o brasileiro vai querer ficar mais bonito e resgatar sua autoestima. Negócios de alimentação saudável também contribuem para a autoestima, pois mantêm seus consumidores em forma.”

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